Seu filho está lutando para aprender a escrever corretamente, mas não consegue desenvolver a caligrafia como você e ele esperam?  Acredite, isso é mais comum que você pensa. Você não está sozinha.

Ouvimos muitos pais preocupados com a caligrafia de seus filhos,preocupam -se com a dificuldade que eles têm em escrever, na legibilidade da letra e no tempo que a criança está demandando para evoluir na escrita.

 A National Handwriting Association,uma instituição americana especializada em escrita na alfabetização e sua dificuldades, elaborou um estudo sobre os problemas mais comuns de caligrafia. Nesse artigo fizemos um resumo do que eles descobriram e colocamos nossas soluções sobre cada problema apresentado.

Vamos encarar: escrever é uma habilidade difícil de dominar.  Para o seu filho, pode parecer uma tarefa quase impossível no começo e eles podem ser tentados a desistir em desespero.

Porém, aprender a escrever com fluência é uma das habilidades mais importantes que seu filho precisa desenvolver durante o período de alfabetização.

Se o seu filho estiver com dificuldades, a primeira coisa a fazer é descobrir se há uma razão para isso.

 A Dra. Angela Webb, da National Handwriting Association, identificou quatro dos problemas mais comuns no processo de aprendizagem de escrita.

Problema de caligrafia 1: “Meu filho é canhoto”

Crianças a partir dos quatro anos e meio, começam a demonstrar habilidade em escrever com a mão direita ou esquerda.  “Ser canhoto por si só não é uma deficiência, e a maioria dos canhotos aprende a escrever perfeitamente”, diz Angela.  “Mas a pesquisa nos diz que eles tendem a obter fluência na escrita um pouco mais tarde do que os destros”.

O Neurosaber em seu artigo sobre grafologia de crianças canhotas explica que não se deve ter tanta preocupação com esse fator em relação ao aprendizado, porém é importante que alguns detalhes sejam tratados com cuidado. 

Em vez de ter que arrastar a mão pela página da esquerda para a direita como os destros, os canhotos precisam pressioná-lo e há pequenos problemas em encontrar a posição correta”, o que torna comum uma criança canhota ocultar seu trabalho com a mão quando está escrevendo ou borrar a tinta se a mão durante a escrita”.

Dica: Se seu filho é canhoto, incentive-o a inclinar o papel levemente no sentido horário e incline o cotovelo na direção da cintura, para que a mão se mova abaixo da linha da escrita e eles possam monitorar melhor o que estão fazendo.

Problema de caligrafia 2: ‘A  escrita do meu filho é ilegível’

 Às vezes, a falta de caligrafia pode estar associada a distúrbios do desenvolvimento, como dislexia, dispraxia, Transtornos do Espectro Autista ou Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade.  Os motivos pelos quais a letra do seu filho é difícil de ler podem incluir ainda:

Má capacidade motora – eles não conseguem controlar o lápis e podem formar letras imprecisas.

 Problemas de percepção visual – eles ainda podem não entender o conceito de formas de letra;  por exemplo, eles podem confundir um ‘a’ como um ‘u’ e um ‘g’ como um ‘y’ ou escrever letras espelhadas.

Transtorno de déficit de atenção – eles escrevem rápido demais, perdendo precisão.

Mas escrever de forma ilegível não indica necessariamente um distúrbio,  em seu estudo a Angela alerta sobre muitas crianças apenas possuírem um problema isolado de escrita sem nenhum agravamento neurológico.  Se o seu filho não tiver outra deficiência, pode ser uma dificuldade dele.  Isso às vezes é conhecido como disgrafia. ‘

 Dica: Converse com o professor de seu filho e pergunte se a escola possui um profissional com experiência em caligrafia os avalie para que você possa descobrir as razões subjacentes à ilegibilidade.  No colégio Paraíso contamos com um grupo especializado de pedagogos, núcleo de psicologia e nossa diretora Valéria Vaz, neuropsicóloga, que estão sempre preparados para avaliar a criança e ajudar aos pais inseguros com o desenvolvimento do seu filho, dentro da própria escola, ou direcionando para um especialista quando necessário.

Problema de caligrafia 3: “Meu filho não segura o lápis corretamente”

 A maneira como a maioria de nós segura uma caneta ou um lápis é conhecida como ‘pega dinâmica do tripé. Nós o apertamos entre a bola do polegar e o dedo indicador, com o dedo médio embaixo para apoiá-lo, e o anel e o dedo mindinho fechados.  Essa é a melhor maneira de obter estabilidade e velocidade na escrita. A maioria das crianças só fará a posição correta aos seis anos.

Ser capaz de segurar um lápis corretamente é importante na escola.  “Não há vínculo entre inteligência e escrever bem, mas há uma alta correlação entre desempenho acadêmico e escrever bem”, diz Ângela.  

Se seu filho não puder escrever rápido  e com precisão, ele terá dificuldades de produzir o conteúdo necessário nas aulas responder provas em tempo hábil. Outra razão pela qual vale a pena incentivar a maneira correta de segurar um lápis é que certas “garras” pode causar tensão no pulso, causando dores e lesões.  

Dica: Apertar cabides e pegar pequenas contas é o que deve ser feito para incentivar a boa aderência.  Você também pode utilizar do recurso de tarefas não relacionadas à escrita,mas que usem caneta ou lápis com seu filho, como quebra-cabeças para colorir ou ponto a ponto. ‘

 Problema de caligrafia 4: “A caligrafia do meu filho é enorme!”

A escrita precoce das crianças tende a ser grande à medida que aprendem a controlar um lápis.  Mas a maioria aprenderá naturalmente a escrever menor depois de dominar o que está escrevendo.  Outra motivação é querer copiar adultos.  Quando eles veem que a escrita adulta é menor, eles tendem a querer fazer o mesmo.  

 Dica: Conversar com o professor seria o primeiro passo.  Peça a um especialista em caligrafia que verifique se há um  problema no qual deva se preocupar.

Você deve incentivar o seu filho a descobrir livremente a controlar o tamanho da letra, com atividades de escrita, e no tempo dele, acontecerá 

Cada criança tem o seu tempo de aprendizado e se desenvolvem de uma forma diferente. Ter paciência e entender que a escrita é desafiadora para seu filho, apoiá-lo e incentivá-lo é crucial nesse processo. Se depois de muito treino de escrita os problemas persistirem, procure um especialista.